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Rede ANSP conecta universidades paulistas ao Fermilab

Estratégias de fomento e programas
1988

Em 1988 a FAPESP aprovou o projeto especial Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), atendendo à solicitação de pesquisadores das universidades paulistas para que se facilitasse a comunicação entre os centros de pesquisa.

A pedido dos coordenadores do projeto, o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), dos Estados Unidos, reconheceu a rede paulista como cooperante e liberou o acesso à rede internacional BitNet (sigla de Because it’s Time Network, uma das precursoras da internet, que transportava mensagens de correio eletrônico). Os coordenadores também negociaram com a Embratel e a Secretaria Especial de Informática (SEI) a utilização de um canal internacional de dados.

A Rede ANSP começou com cinco nós: a FAPESP como gateway internacional; as três universidades estaduais e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

A atuação do físico Oscar Sala, presidente do Conselho Superior da FAPESP, foi decisiva para viabilizar o apoio às redes de comunicação e para incentivar a comunidade acadêmica nacional a adotar esse recurso de trabalho. Demi GetschkoAlberto Courrege Gomide e Joseph Moussa coordenaram a equipe de implantação da rede ANSP.

Em 1989, uma expansão no Centro de Processamento de Dados (CPD) da FAPESP permitiu à Rede ampliar sua capacidade. O fluxo de entrada de mensagens através da linha internacional subiu rapidamente, de 200 em março de 1988 para 225 mil em setembro de 1992. A Rede ANSP conectou-se à Internet em 1991.

A ANSP interligou-se com as demais regiões do país através da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), do CNPq. Em 1990a ANSP tornou-se o principal canal de saída da RNP para o exterior, respondendo por mais da metade das 10 mil máquinas interligadas na rede brasileira conectadas à Internet.

Fundação cria o FAP-Livros

A primeira iniciativa da FAPESP na aquisição de livros é de 1988, ainda no âmbito dos projetos de apoio emergencial à infraestrutura de pesquisa da fundação. Havia uma estimativa de demanda reprimida em 23.000 volumes bibliográficos, cuja soma totalizaria cerca de 3,3 milhões de dólares. De fato, a Fundação recebeu naquele ano 200 propostas de compra, somando 1,14 bilhões de cruzados (3 milhões de dólares).

Dado o grande interesse com que o programa foi recebido e as reiteradas manifestações dos pesquisadores em favor de sua continuidade, o Conselho Superior da Fundação deliberou a sua continuação nos anos seguintes, destinando-lhe, para esse fim, uma dotação equivalente a 1,8 milhões de dólares ainda no exercício de 1990.

Em 1996, o Programa de Apoio a Infraestrutura de Pesquisa foi distribuído em cinco módulos, sendo a aquisição de livros um deles. Surge, então, o FAP-Livros, destinado a bibliotecas de unidades que tinham pesquisadores vinculados a solicitações apoiadas pela FAPESP. Em 1997, o programa ganharia autonomia em relação ao Programa de Apoio a Infraestrutura (encerrado em 2002).

Em 1999, foram destinados ao programa pouco mais de 15 milhões, que permitiram a aquisição de 97.453 obras, 66.126 importadas e 31.327 nacionais. Após alguns anos sem editais, a oferta do FAP-Livros voltou a acontecer em 2006, com o desembolso de R$16 milhões, contemplando 171 solicitações. Três anos depois, em março de 2010, a FAPESP anunciou os resultados da sexta chamada do programa, publicada em 2009. O valor total das 175 propostas aprovadas foi de quase R$ 34 milhões, viabilizando a compra de 165 mil títulos de livros.

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