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Carlos Henrique de Brito Cruz, presidente e Francisco Romeu Landi, diretor-presidente da FAPESP

Gestão
1996
Carlos Henrique de Brito Cruz
(foto: Léo Ramos Chaves/Pesquisa FAPESP)

Carioca, graduado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Carlos Henrique de Brito Cruz (1956-) fez o mestrado e o doutorado em física na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi contratado em 1982 como professor do Instituto de Física da Unicamp, do qual foi diretor de 1991 a 1994. Foi pró-reitor de pesquisa (1994-1998) e reitor (2002-2005) da Unicamp.

Como físico experimental, Brito Cruz estuda fenômenos ultra-rápidos usando lasers de pulsos ultracurtos. Foi pesquisador visitante no Laboratório de Óptica Quântica da Università di Roma, professor convidado no Laboratório de Física dos Sólidos da Universidade de Paris VI e pesquisador nos AT&T’s Bell Laboratories, nos Estados Unidos.

Em 2005 ele assumiu a diretoria científica do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP e foi reeleito sucessivas vezes para o cargo, que ocupou até 2020. Durante sua gestão foram implantados a Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e o Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), entre outras realizações.

Brito Cruz foi Presidente do Conselho Superior de Tecnologia e Competitividade da FIESP de 2005 a 2011. É Fellow da American Association for the Advancement of Science dos Estados Unidos e, entre outras premiações, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico do Brasil em 2000, o Prêmio Conrado Wessel de 2004 e a Ordem do Império Britânico em 2015.

Francisco Romeu Landi assume cargo de diretor-presidente da FAPESP
Francisco Romeu Landi
(foto: Miguel Boyayan/Pesquisa FAPESP)

Paulistano, Francisco Romeu Landi (1933-2004) estudou engenharia, como os outros quatro irmãos, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Teve aulas teóricas ainda no Solar dos Três Rios, no centro de São Paulo, e as práticas em um laboratório do atual Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo.

Contratado na Poli como professor, Landi conciliou o trabalho em sala de aula com cargos administrativos, que lhe permitiram exercer o papel de articulador da engenharia e, de modo mais amplo, da produção científica e tecnológica no Estado de São Paulo. Ele foi presidente do Conselho do Instituto de Eletrotécnica e Energia, vice-presidente do IPT e diretor da Poli (1990-1994).

Em 2004, em uma de suas últimas entrevistas, ele comentou de suas inquietações constantes: “Preocupa-me a formação do engenheiro em uma sociedade que se transforma tão rapidamente. Como organizar um curso de engenharia no qual devemos ensinar tecnologias que ainda não foram criadas? De que maneira devemos completar a formação do engenheiro com psicologia comportamental, criatividade, trabalho em equipe, empreendedorismo, cidadania, de maneira a poder enfrentar os novos desafios que se apresentam?” Depois de ser presidente do Conselho Superior, Landi foi diretor-presidente da FAPESP de 1996 até 2004. Ele foi um dos idealizadores dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo, editados a partir de 1998, e da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação (BV/CDi) da FAPESP.

Landi defendeu a organização e o fortalecimento das fundações de apoio à pesquisa em outros estados. Em 1996, atendendo a um pedido da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ele iniciou o movimento de organização e fortalecimento das fundações estaduais de apoio à pesquisa em todo o país por meio do Fórum do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), da qual era o presidente, ao falecer, em 2004.