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Anos 2000

Pesquisa em colaboração, genética, inovação e sustentabilidade

Década de 2000

Década de 2000 na FAPESP é marcada por articulação com outras instituições, apoio à inovação e a grandes projetos de pesquisa

Acompanhando algumas tendências mundiais da pesquisa científica, a FAPESP passa, na década de 2000, a participar mais de projetos em colaboração com outras instituições, tanto nacionais como internacionais. Daí resultam parcerias para iniciativas de trabalhos nas mais diversas áreas, com destaque para a Genética, a Ecologia e as Neurociências. Além disso, A FAPESP instituiu e aprimorou diversos mecanismos no campo da Inovação, destacando-se a criação do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI) e do NUPLITEC, o Núcleo de Patenteamento e Licenciamento de Tecnologia.

Seguindo uma outra virada da década, a preocupação da comunidade científica em relação ao aquecimento global, a FAPESP incentivou a constituição do programa BIOEN, que desenvolve pesquisa sobre bioenergia e fomenta sua articulação entre universidades e empresas na área de biocombustíveis. Além disso, foi criado o Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), que teve investimento inicial de R$ 100 milhões, em 2008. 

Na era da revolução da tecnologia da informação, como salientou Marilda Nagamini no livro “FAPESP 50 anos: meio século de ciência“, a ciência, a tecnologia e a inovação “são consideradas elementos fundamentais para o enfrentamento da maioria dos desafios locais, nacionais e/ou globais”. “Essas atividades, antes executadas de forma isolada e por equipes reduzidas, passaram a contar, cada vez mais, com maior número de pesquisadores e grupos multidisciplinares”. 

Outro marco dos investimentos da FAPESP a partir de 2000 é a criação dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs). Inicialmente foram criados 11 destes centros. A especificidade dos CEPIDs é que se tratam de financiamentos de grande porte e longo prazo, para que se consolidem equipes, estruturas e escalas de pesquisa, além de contrapartidas sociais como o oferecimento de atividades de extensão. 

Vale lembrar também da participação da fundação em um dos grandes momentos da história da astronomia brasileira, a inauguração do Observatório Soar (Southern Observatory for Astrophysical Research), no Chile, em abril de 2004. Na época da inauguração deste projeto, o astrofísico João Evangelista Steiner, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Consórcio e do Conselho Diretor do Soar, disse que finalmente o Brasil entrava na “primeira divisão” da pesquisa mundial naquela área. 

Indicadores paulistas

Em 2001, a FAPESP começou a publicar edições online dos Indicadores de Ciência e Tecnologia, para construir um panorama sobre a ciência e a tecnologia paulistas ao longo dos anos 1990. A partir da segunda edição, foram incorporados aos indicadores quantitativos análises e interpretações das principais tendências observadas no período, capazes de subsidiar a formulação e a gestão de políticas para o setor. 

Nessas publicações, além da prestação de contas e apresentação de resultados, destaca-se a preocupação com a percepção pública em relação à ciência, objeto de pesquisa da maioria dos volumes. “Em praticamente todos os níveis de análise, a desigualdade social foi parâmetro central nas diferenças radicais entre respostas de diversos grupos”, dizia o Boletim de Indicadores de CT&I em 2010 (na página 48), ao apresentar as diferenças no estado de São Paulo e entre cidades da América Latina e Madri. Diferenças geográficas, de estudo e renda foram constatadas como elementos que influíam no consumo de conteúdo científico por parte da população. 

Ainda no âmbito da produção de indicadores, em 2005, a Biblioteca Virtual (BV) da FAPESP entrou em funcionamento, oferecendo informação referencial sobre bolsas e auxílios apoiados pela fundação, de forma gratuita. 

Do mesmo modo, na área de divulgação científica, a Agência FAPESP foi criada em 24 junho de 2003. Serviço noticioso, eletrônico e gratuito, a rede de notícias conquistou público expressivo e prestígio ao longo dos anos com a publicação de reportagens sobre resultados de pesquisas, entrevistas com cientistas e notícias do setor de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. As notícias produzidas pela agência também são replicadas ou servem de embasamento para outros veículos jornalísticos em todo o país, com traduções de conteúdo também para o Espanhol e o Inglês.