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Anos 1970

“Observa-se a melhoria na qualidade dos projetos apresentados devido, em grande parte, a atuação dos assessores científicos, que cada vez mais participam de maneira crítica e criativa do processo de seleção e acompanhamento dos projetos e bolsistas.” (Oscar Sala)

Década de 1970

Fundação implementa o Bioq-FAPESP, investe em pesquisa meteorológica e muda-se para nova sede

Os anos 1970 marcaram a consolidação da FAPESP no circuito de pesquisa no estado de São Paulo. O primeiro dos Projetos Especiais aprovados pela FAPESP começou a funcionar em 1970: o Programa para o Desenvolvimento da Bioquímica (BIOQ–FAPESP). O programa, que funcionou até 1988, integrou diversos institutos de pesquisas em seminários, reuniões e instalações comuns, com uma amplitude consideravelmente maior do que os projetos individuais.

Na mesma década, entre 1974 a 1977, a FAPESP participou do Programa Multidisciplinar de Nutrição – articulado ao Programa Nacional de Nutrição (Pronan) – e criou o Programa Radar Meteorológico de São Paulo (RADASP), que foi decisivo na melhoria das atividades agropecuárias. O resultado das previsões e a difusão delas através da Rádio Eldorado auxiliaram no planejamento e colheita de cultivos agrícolas como o da cana-de-açúcar.

Nova sede

Sede_perspectiva do predio
Anteprojeto do edifício sede da FAPESP

Depois de comprar um terreno de cerca de 3,5 mil metros quadrados na rua Pio XI, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista, a FAPESP realizou em 1974 um edital público de projetos de arquitetura para abrigar a instituição. O projeto vencedor era liderado pelo arquiteto Jorge Wilheim. A construção durou cerca de 3 anos, e o Conselho Superior reuniu-se pela primeira vez na nova sede em agosto de 1978. A FAPESP funciona neste prédio até hoje. 

“No Edifício Sede da FAPESP buscou-se obter uma diversificação de espaços internos a partir de uma malha regular de pilares com espaçamento econômico, cerca de 10 metros entre colunas, mediante o artifício de ‘falhar’, criteriosamente, na colocação das lajes para as quais quatro colunas estariam esperando. Criava assim alguns pilares subindo esguios e soltos, assim como pés direitos duplos em certos ambientes, ou espaços externos cobertos pelo reaparecimento de lajes mais ao alto. Desse modo, configurou-se uma malha estrutural de vãos regulares e pequenos, mas considerável diversificação de espaços internos criado pela criteriosa ausência de certas lajes. O menos criando o mais. Mies van der Rohe teria apreciado”, descreveu Wilheim.