Este relatório das atividades da FAPESP em 2017 demonstra como vêm sendo seguidas as diretrizes emanadas de seu Conselho Superior no sentido de fomentar pesquisas mais ousadas da comunidade científica do Estado de São Paulo e integrar bolsas e auxílios a projetos mais amplos e ambiciosos gerados tanto nas universidades e nos institutos de pesquisa quanto em parcerias destes com empresas. Trinta e oito por cento do desembolso e 85% dos projetos contratados foram destinados ao avanço do conhecimento. Os programas ligados a temas estratégicos – biodiversidade, bioenergia, mudanças climáticas globais, eScience e políticas públicas – também permanecem essenciais para a Fundação, tendo recebido R$ 39,4 milhões e contratado 317 novos projetos. Além disso, continua-se a aproximar ainda mais o desempenho da Fundação das necessidades da sociedade em geral e especificamente do seu setor produtivo. Em 2017, a FAPESP destinou R$ 95 milhões a pesquisas que envolvem a colaboração universidade-empresa e a projetos de pesquisa para inovação em pequenas empresas. Nesse montante estão contabilizados todos os instrumentos de fomento vinculados aos projetos. No ano de 2017 foi contratada a instalação de cinco novos Centros de Pesquisa em Engenharia, o que fez dobrar o número desse tipo de atividade em vigor na FAPESP. Esse foco de investimento da Fundação parte do entendimento de que a interface entre academia e setor produtivo é fundamental para que o ambiente de pesquisa nas universidades e/ou institutos de pesquisa se torne mais abrangente e mais conectado com a sociedade, resultando em mais desenvolvimento científico e tecnológico, impulsionando a competitividade das empresas e reforçando a criação no Estado de um ambiente estimulante à inovação tecnológica. Entre os programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica destacam-se o programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), que registrou um novo recorde de desembolso e contratações. O valor desembolsado com o programa em 2017, R$ 71,9 milhões, foi o maior de toda a existência do PIPE e 21% superior ao de 2016. O número de contratações de auxílios PIPE também bateu novo recorde: 269 projetos, 18% a mais que em 2016, sem contabilizar as bolsas PIPE (126) e mais 391 auxílios e bolsas a eles vinculados. Equivale a um novo projeto contratado por dia útil. A cooperação internacional se manteve igualmente em níveis altos, com 26 novos acordos de cooperação assinados em 2017, elevando o número total a 213, em 28 países. Essas diretrizes continuarão a ser implementadas nos próximos anos, sempre com a preocupação fundamental de manter o equilíbrio orçamentário da Fundação, como se fez em 2017. Gestão da FAPESP: José Goldemberg (Presidente); Carlos Henrique de Brito Cruz (Diretor científico); Joaquim José de Camargo Engler (Diretor administrativo – até 14 de fevereiro de 2017); Fernando Dias Menezes de Almeida (Diretor administrativo – a partir de 10 de maio de 2017); Carlos Américo Pacheco (Diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo).
Autoria: FAPESP
Disponível no CM-FAPESP