Descentralização em política de ciência e tecnologia
Título: Descentralização em política de ciência e tecnologia. Artigo de autoria de Alberto Carvalho da Silva. Estudos Avançados, v. 14, n. 39, p. 61-73, maio 2000. “Cada vez mais ciência e tecnologia são componentes básicos do planejamento nacional em busca de desenvolvimento econômico, diminuição das desigualdades sociais e preservação do meio ambiente. As metas do desenvolvimento científico não mais se limitam à acumulação acadêmica de conhecimento sobre as leis da natureza ou à busca de soluções para problemas específicos; elas se caracterizam como capacidade de formar e usar o conhecimento como nova forma de capital para que cada nação possa manter a sua autonomia e sua competitividade no equilíbrio entre seus pares. As soluções para os problemas de emprego, educação, habitação, saúde, saneamento, crescimento demográfico, migrações estão, em grande parte, vinculadas a inovações em produtos e serviços, por sua vez dependentes de pesquisa. Acresce que a moderna sociedade do conhecimento é cada vez mais dinâmica mudando com grande rapidez as suas linhas de desenvolvimento, baseadas em uma atividade científica que produz cinco mil novas publicações por dia, gerando um conhecimento que se renova a cada cinco ou seis anos e está disponível de imediato através dos novos meios de comunicação. O número de trabalhadores na área científica vem aumentando com tal rapidez que estão atualmente em atividade 90% de todos os que até hoje, se dedicaram à ciência. A formação e atualização de um sistema nacional de ciência e tecnologia deixou de ser o esforço episódico de há 50 anos para se converter em uma necessidade contínua e crescente em que a produção, transferência e utilização do conhecimento formam o carro chefe do desenvolvimento econômico e social” (trecho, p. 61).
Autoria: Alberto Carvalho da Silva
Disponível no CM-FAPESP