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The beginnings of the BIOQ-FAPESP Project: a personal perspective

Artigo, São Paulo (SP), 05/1993 a 08/1993

Id: 42359

Textual
Responsabilidade

Ciência e Cultura (edição), Francisco Jeronymo Salles Lara (autoria)

Idioma

inglês

Resumo

O artigo apresenta uma retrospectiva do Projeto BIOQ-FAPESP, uma iniciativa crucial para o desenvolvimento da bioquímica em São Paulo no início dos anos 70. Surgiu em um contexto de reformas universitárias na Universidade de São Paulo (USP) e de agitação no ambiente acadêmico brasileiro, mesmo sob uma ditadura militar. Com uma economia paulista em crescimento, instituições como a FAPESP e o CNPq estavam ativas no apoio à ciência. A comunidade bioquímica, especialmente em São Paulo, se mostrava madura para um maior desenvolvimento, com grupos de pesquisa ativos e cientistas retornando de pós-doutorado no exterior. A gênese do projeto começou quando o professor Ricardo Renzo Brentani, então secretário executivo da Sociedade Brasileira de Bioquímica e chefe do Departamento de Bioquímica da USP, foi convidado pelo Professor Oscar Sala, Diretor Científico da FAPESP, a elaborar uma proposta para apoiar a bioquímica em uma nova escala. Em resposta, um comitê informal foi formado no segundo semestre de 1970, resultando no documento "Um plano para o desenvolvimento da bioquímica na cidade de São Paulo", apresentado à FAPESP em novembro de 1970. O plano identificou que, apesar de existirem grupos produtivos e cientistas reconhecidos internacionalmente, a bioquímica em São Paulo enfrentava a limitação de um número relativamente pequeno de grupos de pesquisa ativos, escassez de pesquisadores sêniores, falta de representação em campos importantes e pouca interação com química e físico-química. As metas e recomendações incluíam unir esforços para otimizar recursos humanos, elevar os padrões de pesquisa e ensino em bioquímica, transformando São Paulo em um centro de excelência para pós-graduação, e integrar a bioquímica ao desenvolvimento nacional através de programas orientados por missões. Para atingir esses objetivos, o plano propôs a criação de um "Fundo Especial para o Desenvolvimento da Bioquímica em São Paulo", a ser utilizado ao longo de três anos, destinado à criação e manutenção de laboratórios especializados, organização de serviços comuns, aquisição coordenada de equipamentos, apoio a intercâmbios e projetos de pesquisa, além de complementar salários e estudar as necessidades da bioquímica para o desenvolvimento do Estado.

Assuntos

Biologia molecular, História da ciência e tecnologia, Bioquímica, Química, História do Programa para o Desenvolvimento da Bioquímica (BIOQ)

Descritores

Universidade de São Paulo - USP, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, Escola Paulista de Medicina - EPM-UNIFESP, Instituto de Química - IQ-USP, University of Wisconsin-Madison (Estados Unidos), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Governo Federal), National Institutes of Health - NIH (Estados Unidos), Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular - SBBQ, Ato Institucional n. 5/1968 (AI-5), Departamento de Biofísica - EPM-UNIFESP, Comitê Latino-americano de Bioquímica - COLAB, Departamento de Bioquímica - IQ-USP, Roche Institute of Molecular Biology

Programa da FAPESP

Programa para o Desenvolvimento da Bioquímica - BIOQ-FAPESP

Pessoas envolvidas

Oscar Sala (diretor científico da FAPESP 1969-1975), Alberto Carvalho da Silva (diretor científico da FAPESP 1968-1969), Ricardo Renzo Brentani (professor emérito da Faculdade de Medicina - FM-USP), Hernan Chaimovich Guralnik (bioquímico), Walter Colli (médico e bioquímico), Francisco Jeronymo Salles Lara (coordenador do Programa BIOQ-FAPESP), Metry Bacila (médico), Carl Peter von Dietrich (bioquímico), Antonio Ceccheli de Mattos Paiva (bioquímico), Philip Pacy Cohen (bioquímico), Gerald C. Mueller (bioquímico), Marshall Warren Nirenberg (bioquímico e geneticista), Bernard Leonard Horecker (bioquímico)

Referência

LARA, Francisco Jeronymo Salles. The beginnings of the BIOQ-FAPESP Project: a personal perspective. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 45, n. 3-4, maio/ago. 1993.