Programa RADASP moderniza pesquisa metereológica em São Paulo

Depois de uma avaliação favorável de James Weinman, professor da Universidade de Wisconsin, o Programa Radar Meteorológico de São Paulo (RADASP) foi instalado no Instituto de Pesquisas Meteorológicas de Bauru em 1974.

Uma equipe de Bauru e outra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos, colaboraram em estudos sobre detecção de tempestade a distância, estrutura de tempestade de verão e linhas de instabilidade no inverno usando o novo radar.

Nesse período, a Rádio Eldorado começou a divulgar informações sobre previsões de chuva obtidas pelo radar, favorecendo o planejamento e a colheita de cultivos agrícolas como o da cana-de-açúcar. O projeto foi incorporado à Unesp, posteriormente.

Em livro que avalia as atividades da FAPESP, Alberto Carvalho da Silva conta que o RADASP “modernizou uma área de interesse fundamental para a agricultura paulista”.

O programa de pesquisa expandiu-se. Incorporou equipes do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE); da Secretaria de Saneamento e Energia da Escola Politécnica; da Escola de Engenharia de São Carlos (USP) e da Escola de Engenharia de Ilha Solteira (Unesp). O grupo abrigou estudos sobre chuvas de verão e camadas da atmosfera com o uso de rádio-sondas, balões, planadores e aviões. No âmbito da colaboração internacional, incluiu grupos do Canadá, França, Estados Unidos, Portugal e Reino Unido.

Um segundo radar começou a funcionar em 1986 na barragem do DAEE em Ponte Nova (MG). O Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Citiagro) entrou em operação em 1989, em colaboração com o Instituto Agronômico de Campinas. 

Mais recentemente, uma rede de estações de sistemas de navegação por satélite começou a funcionar em 2013.

Programa de pesquisas em Nutrição apoia trabalhos do governo federal e Banco Mundial

De 1974 a 1977, a FAPESP participou do Programa Multidisciplinar de Nutrição, em cooperação com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação Ford.

O programa era uma forma de apoio ao Programa Nacional de Nutrição (Pronan), implantado em 1973 pelo governo federal em cooperação com o Banco Mundial. O zoólogo Paulo Vanzolini era o coordenador pela FAPESP e Alberto Carvalho da Silva, ex-conselheiro e ex-diretor científico da FAPESP, pela Fundação Ford.

O objetivo era apoiar a pesquisa e a formação de pesquisadores nessa área. O programa apoiou 74 bolsas de estudo e 39 propostas de pesquisa sobre desnutrição humana, analisada sob a perspectiva das ciências sociais, administração e planejamento, produção, comercialização e tecnologia de alimentos, epidemiologia e patologia. A fundação financiou 45 projetos e bolsas dos candidatos de São Paulo.