FAPESP cria coordenações de áreas
Em março de 1981 começaram os debates internos para a implementação de coordenações de áreas, propostas pela Diretoria Científica ao Conselho Superior para flexibilizar o atendimento às crescentes solicitações de bolsas e auxílios financeiros a pesquisas.
Ruy Carlos de Camargo Vieira era o Diretor Científico à época e explicou a proposta na obra “FAPESP 40 anos: abrindo fronteiras”, de Amélia Império Hamburger: a ideia era “(…) estabelecer um certa divisão de responsabilidade, por que, a meu ver, não dava para ficar tudo nas costas do diretor científico, mesmo porque a FAPESP cresceu. (…) A maneira pela qual nós estabelecemos o sistema foi a seguinte: os coordenadores eram de escolha do diretor científico. (…) Achamos que pelo grau de seriedade existente na FAPESP como um todo, seria exeqüível uma indicação direta. Tomei a preocupação de apresenta os nomes ao Conselho Superior (…) considerando que o Conselho Superior já é suficientemente democratizado.”
Por meio das 12 coordenadorias de áreas então criadas, mais pesquisadores começam a participar das decisões e avaliações dos pedidos de bolsas e auxílios, dando mais transparência e segurança às decisões do Diretor Científico. As 12 áreas e os respectivos coordenadores naquele momento eram:
- Arquitetura e Urbanismo: Luiz Gastão de Castro Lima;
- Astronomia e Ciência Espacial: Paulo Benevides Soares;
- Ciências Agrárias: Ernesto Paterniani, Ricardo Pereira Lima Carvalho e Mário Mariano;
- Ciências Biológicas: Gerhard Malnic, Crodowaldo Pavan e Edmundo Juarez;
- Ciências da Saúde: Ricardo Renzo Brentani, Osvaldo Ramos e Eduardo Krieger;
- Ciências Econômicas e Administrativas: Sérgio Baptista Zacarelli;
- Ciências Humanas e Sociais: Oswaldo Porchat de Assis Pereira da Silva;
- Engenharia: Jurandyr Povinelli e Luiz de Queiroz Orsini;
- Física: Luiz Guimarães Ferreira e Henrique Fleming;
- Geociências: Adolpho José Melfi;
- Matemática: Chaim Samuel Hönig e Imre Simon;
- Química: Marco Antonio Cecchini.