Estudo conduzido no Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), um CEPID da FAPESP, detalhou como o cérebro responde a uma alimentação rica em gorduras típica das dietas modernas ocidentais, nas quais o consumo de fast-food e ultraprocessados é frequente. A ingestão excessiva de lipídeos induz uma resposta inflamatória em uma região cerebral chamada hipotálamo. Essa inflamação está associada ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como a obesidade. Para tentar minimizar os danos, o organismo aciona um tipo de célula de defesa residente no cérebro: a micróglia. Mas quando a ingestão elevada de gordura é mantida ao longo do tempo, as micróglias não conseguem manter o controle da situação sozinhas. Em testes com roedores, o grupo descobriu que, nesses casos, outras células imunes que vêm de fora do sistema nervoso central e expressam uma proteína denominada CXCR3 migram para o local. O reforço ajuda a atenuar o processo inflamatório, prevenindo o desenvolvimento da obesidade. A descoberta abre uma nova possibilidade terapêutica, com o potencial de desenvolver fármacos para tratar a obesidade e comorbidades associadas, como diabetes tipo 2. Leia mais na reportagem da Agência FAPESP. Para outras informações, leia o artigo científico ou consulte os dados dos auxílios 13/07607-8, 17/22511-8 e 21/00443-6.