A chegada
Ano:2023 | E7
Terminou na manhã do dia 2 de julho, em Recife (PE), a expedição científica Amaryllis. Com custo estimado em mais de R$ 5 milhões, a missão estava prevista para acontecer em 2019 e teve de ser adiada para este ano em razão da pandemia. Durante 21 dias, o navio Marion Dufresne navegou mais de 5 mil quilômetros – quase mil quilômetros além da distância em linha reta entre o Oiapoque, no Amapá, e o Chuí, no Rio Grande do Sul. Ao todo, foram coletados 442 metros de sedimentos marinhos – mais de cem metros acima da altura da torre Eiffel, em Paris, que mede 300 metros. O testemunho sedimentar mais longo tem 51 metros – quase a altura de um prédio de 18 andares. Metade das amostras de sedimentos seguirá para a França, para universidades e instituições de pesquisa do país, e a outra parte ficará no Brasil, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), como revela o último episódio da série jornalística Diário de Bordo, da Agência FAPESP. Os sedimentos marinhos seguirão viagem para os destinos programados em contêineres refrigerados, com temperatura de 4 ºC. Essa medida é necessária para manter as amostras de sedimentos sob a mesma temperatura do oceano profundo, de mais ou menos 4 ºC.